Tenho em casa um punhado de palavras guardadas.
Tristes, modorrentas, fúnebres e veladas.
São todas expoentes da minha tempestuosa emoção;
De um grito, aflito, um sim ou um não.
Acontece que por mais nuves que queiramos enxergar,
O sol, algumas vezes, insiste em raiar,
E nesse exato momento onde a noite se faz dia,
É que perdem o valor as palavras de agonia.
Antigamente me fluiam palavras tristes,
Como flui, natural, o ar que respiro,
Uma bala, um tiro e à noite um suspiro.
Hoje já não encontro nelas mais nenhuma serventia,
'E olha que hoje chove como há muito não chovia'
De repente se fez ausente toda a harmonia
Que exisita entre elas e minha poesia.
Queria cantar o belo, o bonito e o alegre!
Mas o que é de fato puro não se canta,
Vê, percebe e sempre se espanta,
Pois a música é infinita quando com ela a gente dança.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
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2 comentários:
Um pedaço de mim para Bê (ou sobre como ser feliz para sempre sabendo que...)
Quer sentimento mais democrático que a tristeza? A tristeza é uma inquietação gostosa que brota e só desaparece quando o que nos incomoda some.
Felicidade é overrated.
A evolução depende dos insatisfeitos; é por isso que em todo mundo, o direito mais conhecido é o da busca pela felicidade: os inquietos buscam e conquistam muito mais. Os poderosos sabem disso.
...e quem disse que era fácil?
Ps. Te amo, Bê. Escreve maa-a-aais!
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