domingo, 1 de março de 2009

E seu braço estendia, incansavelmente
A todo e qualquer transeunte, da alma morta,
do rosto contente. E a toda gente, que passava e ria, sem nem escutar o que o menino pedia.

Ele sonhava que um dia, cada um deles se arrependeria.
Visto que, minha tia, a suplica que ele fazia, não era afrontosa, muito menos com ironia, que a lagrima caia, no começo da pagina de uma vida tão triste.

E com seu dedo em riste, sua espada ele apontava
Sua raiva saia, sua voz bradava, o malfadado absurdo, desse tão belo mundo, de só sobrar ao menino sujo, o tão presente julgo.

Agora ele sabia, porque todos fingiam que ele não existia, não era por medo, muito menos por pressa,
Era a consciência que pesava, a vontade que chegava, de dar um fim nesse mendigo
Que poluía suas calçadas com seu triste gemido.