Se um dia, por exemplo,
Eu me quedasse ao relento
Sem mais me preocupar?
E com meus olhos sonolentos
Aproveitasse o momento,
Sem culpa ou penar?
Não quero que seja de cimento
as minhas bases, o meu pilar,
Que seja areia, que seja vento,
Que seja nulo o meu sustento,
Pois só quem finda o apresamento,
Vê-se livre para sonhar...
Ainda que não idolatre a tristeza,
Não busco a felicidade do leviano,
Nem o prazer d'uma hora daquele que ignora,
Fundo em minha alma, agora, tenho só uma certeza:
Mil vezes ser maltratado sob o julgo d'um tirano,
Que banhar-me em sangue humano só pra ser da realeza.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
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