segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Racionalismo louvável

Acordei hoje cedo
Com uma imperiosa vontade de ser racional,
Já que não existe, nesse mundo tão igual,
Tristeza ou medo, e não é nem segredo
Que nunca houve degredo,
Nem forças opostas do bem ou do mal.

Tomemos como exemplo os moleques largados no chão,
São os mais vagabundos! (Seria absurdo dizer que não)
Olhe, por um momento, seus corpos imundos!
É pura preguiça de quedar-se em um pouco de água e sabão.

Veja lá, no cimento, o moleque sedento!
Que com um banal movimento faz voar o limão,
Que parábola mal feita, que péssimo lançamento!
Oh, inegável animal, como és desatento!

Mas veja que sorte, esse moleque não sofre
Das verdades e incertezas dessa vida tão dura,
Não trabalha, não sua!
E ainda por cima mora na rua.

Nenhum comentário: