O trabalho enaltece!
Bradam do ócio
e do altar da ciência,
os detentores inglórios,
da sã sapiência.
Mas como que podem
definir, enarrar,
se sabem de tudo,
menos trabalhar?
São tão tolos,
levianos e incipientes,
Não percebem o abismo existente
Entre aqueles que pensam
E aqueles que sentem?
Digo que o trabalho escraviza!
E causa-me até ojeriza,
A execrável situação,
Que se encontram pelas ruas,
Os milhões de irmãos.
Irmãos da miséria,
Da desgraça, da solidão.
Fazem do chão onde o mundo pisa,
A mais simples cama, o mais frio colchão.
E tudo assim, modorrento, permanece...
Acenda tua vela, faça tua prece!
Quem sabe assim o mal se esvaeça,
Ou então mais fácil: você se esqueça,
Que enquanto dorme e a noite enegrece,
O tugúrio velado, cercando-os desce,
E aí já de nada adianta sua prece...
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
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