quinta-feira, 2 de julho de 2009

Baioneta

Tenho tudo pra parar, não nego.
Minha história me traduz,
Luto por minha vida, minha comida e por teto.
Minha arma é meu cetro,
Instrumento sagrado, soberano de luz.

De tudo fui excluído, sem qualquer compensação.
Vi os homens tornarem-se grandes,
Multiplicarem suas falanges,
Eternos braços de manipulação.

Vi de certo, olhos brilhantes.
Um brilho puro, eterno e constante,
Que só meus gigantes,
Trazem no fundo de seu coração.

Vi causas impossíveis tornarem-se redenção.
Guerreiros incríveis, batalhas invencíveis,
Virarem vitória no ato de um irmão.

O povo é o homem, um por um bilhão.
Na ponta da minha baioneta, sem hesitação
Escrevi pelo sangue, a história do homem:
A luta sem nome da minha libertação.

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