Brindo à vida, brindo à morte, e a todos seus sabores.
Pecados, tristezas e gritos,
Dos corações mais aflitos,
Que transbordam suas dores.
Brindo aos erros e desvios do caminho,
A felicidade inefável do fracasso,
De quem almejou muito e exagerou no passo,
Por ter sido tão mesquinho.
Fatiga tentar desvendar,
Tudo que nos é presente,
Como a razão da vida, o próprio respirar,
Ou uma paixão que forte se sente.
Devagar e com fluidez,
Sem fazer de tudo um furacão,
Olhar pra trás e saber que não,
É só pó o que se desfez.
Brindo a tudo, brindo a todos,
De escravos a senhores,
De amigos a credores,
Que como um turbilhão de cores,
Fazem-se brancas ao infinito.
Brancas, brandas como é o vento,
Eterna brisa de amor,
Que leva embora a minha dor,
Para desembocar no esquecimento.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
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