sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Uma tragada a menos

Como uma vida que se esvai
N’um tempo tão ameno.
Vejo a chuva cair
Tal vida como sereno.

viVer mais do que já vi?
Em um mundo tão pequeno,
ela indo pela sarjeta.
Uma tragada a menos...

Por que continuar do jeito que vivo?
Gemem as janelas, num gemido oprimido
Dentre um dos milhares, de prédios espremidos

E lá de dentro ruminando,
a náusea vem subindo
de todas as falagens de nosso batalhão.
Grandioso, sempre dormindo..

Devagar se ouve o sussurro,
Devagar ele vira voz,
Voz minha, sua, de todos nós.
Da união dessa voz,
Ouve-se o undíssono grito

Será que vale a pena queimar até o filtro?

2 comentários:

Mary Jane disse...

"Será que vale a pena queimar até o filtro?" Tantas divagações podendo resultar dessa inquirição. "Uma tragada a menos" expõe fortemente o ínicio ao fim de uma linha inerente a todos. Muito bom! Laela

Mary Jane disse...

"de todas as falagens de nosso batalhão.
Grandioso, sempre dormindo.."
Me inquietou essa metafora. Bela, porem forte "porrada" na cara da sociedade. Todos tragamos , porem muitos nao vem que a vida esta sendo "fumada"...Uma pena, acho que seria mais interessante se cada um soubesse aproveitar a onda! ahahaha. Parabens pelo texto, pela metafora toda, nao so o que colei aqui! Beijos,

Mary.