E que fiz eu de errado?
Tão cedo, prematuro, já acabado.
Que parcela da culpa me pertence,
Culpa de ter nascido sem berço,
Visto que nem um terço, de toda essa gente
Que fala e que esbanja, vive contente.
E de toda opulência e hedonismo,
O que resta?
Da sua magnífica festa, à simples criança
Que mesmo sofrendo, canta e dança.
Por viver sim, e não por ser membro
Dessa maldita trança, que roda roendo
Hermética, tão presa, matando e morrendo
Em seu castelo de vidro, cristal aparente
Que mal que fiz, a toda essa gente?
Que mal posso ter feito, se meu único defeito
Foi viver a parte, do seu mundo perfeito.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
Perfeito.
Sem mais. ;)
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